Os
carrapatos trazem grande desconforto aos nossos cachorros e além da
coceira também podem passar doenças. Cães são alvos fáceis para os
carrapatos, já que por si só não conseguem combatê-lo. Para podermos
acabar com esse parasita precisamos antes de mais nada entendê-lo, a
seguir preparamos um conjunto de informações para te auxiliar no combate
ao carrapato no seu cão.
O que são os carrapatos?
Carrapatos são pequenos aracnídeos parasitas que necessitam de sangue para sobreviver e reproduzir.
Os registros fósseis sugerem sua existência há pelo menos 90 milhões de anos e há mais de 800 tipos de carrapatos no mundo.
Eles
não voam, não pulam (como as pulgas) e sim vão andando e se agarram no
hospedeiro. Carrapatos possuem uma relação mais próxima com as aranhas e
ácaros do que com insetos como pulgas. Eles podem atacar uma variedade
grande de anfitriões, como cães, pássaros, gatos e humanos.
Geralmente
atacam no início da primavera até o fim do verão. Podem ser encontrados
em todos os cantos, desde áreas urbanas à parques e se proliferam
rapidamente em um ambiente.
A
maioria dos carrapatos não transmite doenças. Há, porém, uma variedade
de doenças transmitidas por carrapatos e seus sintomas variam de acordo
com o microbio (patogênese), assim como o tratamento.
Apenas
duas famílias de carrapatos, Ixodidae (carrapatos duros) e Argasidae
(carrapatos moles), são conhecidas por transmitir doenças aos seres
humanos. Carrapatos duros possuem escudos ou placa dura em suas costas,
enquanto carrapatos moles não.
Apesar
das pessoas não poderem pegar essas doenças diretamente dos cães,
carrapatos infectados podem morder os humanos e transmitir diretamente
para o homem. Se o seu cão está exposto, você e sua família também
estão.
Carrapatos
possuem um ciclo de vida complexo que inclui ovos, larvas, ninfas e
adultos machos e fêmeas. A larva, as ninfas e os adultos precisam de
sangue. Geralmente , a fêmea adulta (carrapato duro) é que mais causa
mordidas, já que é comum que os machos morram após a copulação.
Apesar
de que se não se alimentarem os carrapatos irão morrer eventualmente,
muitas espécies podem sobreviver um ano ou mais sem uma refeição. Os
carrapatos duros tendem a se alimentar por horas ou dias. A transmissão
geralmente ocorre no final da refeição quando o carrapato está cheio de
sangue. Carrapatos moles geralmente se alimentam por menos de uma hora. A
transmissão de doenças nos carrapatos moles pode acontecer em menos de
um minuto. A mordida de alguns dos carrapatos moles produz uma reação
intensamente dolorosa.
No
Brasil, os carrapatos mais conhecidos são: carrapato-estrela e o
carrapato-vermelho-do-cão. O micuim, ou carrapato-pólvora, é a larva do
carrapato-estrela, que, quando adulto pode ficar do tamanho de um feijão
verde. O carrapato-vermelho-do-cão, de cor marrom-avermelhada, é
considerado a espécie mais difundida em todo o mundo.
Os
carrapatos carregam seu próprios minúsculos parasitas (protozoários e
bactérias), que podem causar doenças muito graves em animais e seres
humanos, uma vez que penetram na corrente sanguínea.
Dentre elas, as mais conhecidas no Brasil são: a febre maculosa (transmitida principalmente pelo carrapato-estrela), a babesiose canina e a erliquiose canina (transmitida principalmente pelo carrapato-vermelho-do-cão).
No
Brasil não há um tratamento preventivo contra as doenças do carrapato.
Por isso, é muito importante que você como dono sempre mantenha seu cão o
mais livre de carrapatos possível.
Ciclo de vida do carrapato
Ovos: Podem ser milhares e, em duas semanas, estão prontos para dar origem às larvas.
Larva: Após
eclodir do ovo, a larva procura imediatamente por sangue. Uma vez
alimentada, volta ao solo e muda para a fase evolutiva seguinte.
Ninfa: Depois
de mudar para ninfa, o carrapato procura por mais sangue. Uma vez
alimentado, cai no solo e muda novamente, agora para a fase adulta.
Adulto: Já
adulto, o carrapato procura por sangue outra vez. Quando estão cheias
de sangue, as fêmeas se desprendem do hospedeiro para realizar a
oviposição no ambiente.
Doenças de carrapatos:
Babesiose: Causa uma severa anemia que
pode danificar o fígado, os rins e o baço, sendo o primeiro sintoma uma
febre de mais de 41 º C. A urina fica escura por causa da presença de
sangue. Algumas vezes, a doença causa sintomas neurológicos, como
ranger de dentes ou comportamento trôpego, e os cachorros morrem em
quatro dias. Para tratar a babesiose, usam-se drogas antiprotozoárias. No Brasil, a maior incidência de casos de Babesiose se dá no nordeste, sendo menos comum nos estados do Sul e do Sudeste.
Erliquiose: Produz
uma ampla variedade de sintomas, desde sangramento nasal, febre de até
40,5º C até a supressão do sistema imunológico. A opção para tratamento
são antibióticos, como tetraciclina. São encontrados casos da doença em
todas as regiões do Brasil (LEIA MAIS SOBRE A ERLIQUIOSE EM CÃES AQUI)
Doença de Lyme: Nos
Estados Unidos, é a mais comum entre as doenças transmitidas por
carrapato. No Brasil foram encontrados focos em São Paulo, Santa
Catarina e no Rio Grande do Norte. O carrapato precisa sugar de 12 a 24
horas para transmitir a doença. Cães com doença de Lyme geralmente
mancam, ficam desanimados e têm febre alta. Raramente, também apresentam
erupção na pele, em formato de olho de boi, mas o pelo dificulta essa
observação. O tratamento é feito com antibióticos.
Febre maculosa: Causa febre alta, rigidez, respiração difícil, vômito, diarreia,
edema na pata e no focinho, e, finalmente, sangramento nasal, na urina e
nas fezes. Para que se fique infectado, o carrapato precisa sugar no
mínimo quatro horas. Antibióticos como doxiciclina revertem os sintomas
em um ou dois dias, desde que a doença seja tratada logo no começo. A
febre maculosa pode ser uma doença muito grave, levando muitas vezes à
hospitalização e registrando sequelas e casos fatais. No Brasil, mais
notados estão em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito
Santo, Bahia e Pernambuco.
Paralisia do carrapato: Acredita-se
que seja causada por uma neurotoxina existente na saliva do carrapato
que, vagarosamente, paralisa o cachorro em um período de 48 a 72 horas.
Se todos os carrapatos forem removidos, a paralisia normalmente
desaparece em cerca de um dia.
Removendo o carrapato do corpo do cão de maneira correta
1) Ao retirar o carrapato manualmente, não use os dedos e sim uma pinça com pontas cegas ou uma pinça hemostática.
2) Coloque luvas médicas descartáveis e mantenha cuidado para não esmagar o carrapato na hora da remoção.
3) Agarre
o corpo bem próximo à pele do animal e ás peças bucais do carrapato e
puxe-o para fora, em linha reta, suavemente, na direção oposta á
extremidade da boca. Isso fará com que as peças bucais se soltem mais
facilmente, ao invés de arrancar a cabeça enterrada na musculatura do
seu animal.
4) Quase
sempre o carrapato sairá com um pedacinho minúsculo de pele. Não se
preocupe se a cabeça se soltar e ficar enfiada na pele – isso quase
nunca acontece, mas, se acontecer, não deverá causar problemas para a
maioria dos animais. Ou o corpo do animal absorverá o material ou o
expelirá em alguns dias.
Cuidados posteriores…
Como evitar a proliferação do carrapato em seu cão e no ambiente.
Cão:
Ambiente:
Fonte Online:
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